segunda-feira, 25 de julho de 2011

Usuários reclamam de perfis apagados no Google+

Membros da rede social têm perfis apagados por usarem pseudônimos; empresa afirma que exige que usuários utilizem nomes verdadeiros.

Um problema que estava aquecendo os ânimos há alguns dias entrou em ebulição neste final de semana, com o Google aparentemente acelerando a desativação de contas do Google+ devido a uma requisição do site de que os membros utilizem obrigatoriamente seus nomes verdadeiros.
Os usuários da rede social começaram a reclamar a respeito dessa medida praticamente uma semana após o lançamento do endereço, no fim de junho, e, após três semanas, vários funcionários têm discutido esta questão. Em 11/7, por exemplo, Natalie Villalobos, moderadora da Comunidade do Google+, respondeu a reclamações no fórum de discussão oficial do site, reiterando a política da rede social e explicando o processo de apelação caso a conta tenha sido apagada. Ainda assim, o mal-estar continuou no fórum e em outros meios como Twitter e blogs pessoais, atingindo seu ápice esta semana quando a Google sumiu com contas de usuários mais conhecidos, de acordo com Violet Blue, blogueiro da ZDNet.
As reclamações caem em duas categorias distintas: o primeiro grupo de usuários afetados afirma que estavam utilizando seus nomes verdadeiros, e aparentemente tiveram suas contas do Google+ apagadas porque têm nomes peculiares ou com caracteres ou letras pertencentes a línguas estrangeiras. No outro extremo, há os que desejam utilizar um pseudônimo porque não querem revelar seus nomes verdadeiros.
Procurado, o porta-voz da Google afirmou via e-mail que perfis são desenvolvidos para funcionarem como páginas web públicas, as quais têm o propósito de “ajudar a conectar e encontrar pessoas no mundo real”. “Ao fornecer seu nome verdadeiro, você estará auxiliando as pessoas que conhece – amigos, membros da família, colegas de classe e de trabalho e outros conhecidos – a encontrarem e criarem conexões online com a pessoa correta” completou. 
A controvérsia ecoa em questões parecidas envolvendo figuras públicas e empresas que criaram perfis corporativos na rede social, os quais estão sendo deletados, pois a prática é proibida. A Google espera permitir esse tipo de perfil para as companhias em breve.
Há atualmente cerca de 20 milhões de membros no Google+. O serviço está funcionando em regime beta e os usuários só podem experimentá-lo se forem convidados por membros já existentes. O Google+ é um dos projetos mais importantes da companhia: depois de várias tentativas frustradas no ambiente de redes sociais, a gigante está com grandes esperanças que o site finalmente se torne um concorrente à altura do Facebook.
A Google sustenta que as configurações de compartilhamento e privacidade do Google+ são melhores e mais fáceis do que aquelas disponíveis no Facebook, o que provocaria uma diáspora massiva dos usuários da rede de Mark Zuckerberg.

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